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VIDA NO PLANETA JÚPITER SEGUNDO O ESPIRITISMO
VIDA NO PLANETA JÚPITER SEGUNDO O ESPIRITISMOFONTE: http://gealaveluz.blogspot.com.br/ em 30 de julho de 2009.
Kardec, Bernard Palissy e a descrição de Júpiter
http://observadorespirita.blogspot.com/2008/01/demnios-em-marte-anjos-em-jpiter.html
"No Livro do Espíritos e nas comunicações publicadas na “Revista Espírita”, encontramos farto material descritivo sobre a vida em outros planetas. As descrições feitas por alguns Espíritos esclarecem que, apesar de aparentarem a ausência de vida, pois muitos planetas são gasosos, eles servem de morada para seres e formas que a vista física humana não consegue ainda identificar. É o caso da descrição de Júpiter feita por Bernard Palissy em 9 de Março de 1858. O famoso ceramista francês (1510-1589), que vivera na corte de Catarina de Médicis, desencarnou aos 80 anos sob angustiosa provação, encarcerado na Bastilha. A descrição é cautelosa e provoca, em certos trechos, alguns impasses entre Kardec e o Espírito. Kardec jamais dava à essas comunicações o caráter de autenticidade absoluta e ao publicá-las sempre advertia o leitores sobre esses critérios. Mesmo assim, considerava a importância filosófica dos conteúdos, pois estes permitiam a comparação com a realidade terrena e a reflexão sobre as semelhanças e diferenças. O mundo descrito por Palissy é uma sociedade cujos contrastes com a Terra se evidenciam sobretudo no aspecto moral.
Extraído da Revista Espírita, Abril de 1858
Por Allan Kardec
NOTA: Por evocações anteriores sabíamos que Bernard Palissy, o célebre oleiro do século XVI, habita Júpiter. As respostas que se seguem confirmam em todos os pontos quanto nos foi dito sobre esse planeta, em várias ocasiões, por outros Espíritos e através de diferentes médiuns. Pensamos que serão lidas com interesse, como complemento do quadro que traçamos em nosso último número. A identidade que apresentam com as descrições anteriores é um fato notável que vale pelo menos como uma presunção de exatidão.
1. Onde te encontraste ao deixar a Terra?
R: Ainda me demorei nela.
2. Em que condições estavas aqui?
R: Sob o aspecto de uma mulher amorosa e dedicada. Era uma simples missão.
3. Essa missão durou muito?
R: Trinta anos.
4. Lembras-te do nome dessa mulher?
R: Era obscuro.
5. Agrada-te a estima em que são tidas as tuas obras? Isto te compensa os sofrimentos que suportaste?
R: Que me importam as obras materiais de minhas mãos? O que me importa é o sofrimento que me elevou.
6. Com que fim traçaste, pela mão do Sr. Victorien Sardou (1) os admiráveis desenhos que nos deste sobre o planeta Júpiter, onde habitas?
R: Com o fim de vos inspirar o desejo de vos tornardes melhores.
7. Desde que vens com freqüência a esta Terra que habitaste várias vezes, deves conhecer bastante o seu estado físico e moral para estabelecer uma comparação entre ela e Júpiter. Pediríamos que nos elucidasses sobre diversos pontos.
R: Ao vosso globo venho apenas como Espírito; o Espírito não tem mais sensações materiais.
ESTADO FÍSICO DO GLOBO
8. Pode-se comparar a temperatura de Júpiter a de uma de nossas latitudes?
R: Não. Ela é suave e temperada; é sempre igual, enquanto a vossa varia. Lembrai-vos dos Campos Elíseos, cuja descrição já vos fizeram.
9. O quadro que os antigos nos deram dos Campos Elíseos seria resultado do conhecimento intuitivo que eles tinham de um mundo superior, tal como Júpiter, por exemplo?
R: Do conhecimento positivo. A evocação permanecia nas mãos dos sacerdotes.
10. A temperatura, como aqui, varia conforme a latitude?
R: Não.
11. Segundo os nossos cálculos, o Sol deve aparecer aos habitantes de Júpiter num ângulo muito pequeno e, conseqüentemente, dar muito pouca luz. Podes dizer-nos se a intensidade da luz é ali igual à da Terra ou se é menos forte?
R: Júpiter é cercado de uma espécie de luz espiritual, em relação com a essência de seus habitantes. A luz grosseira de vosso Sol não foi feita para eles.
12. Há uma atmosfera?
R: Sim.
13. A atmosfera de Júpiter é formada dos mesmos elementos que a atmosfera terrestre?
R: Não: os homens não são os mesmos; suas necessidades mudaram.
14. Lá existem água e mares?
R: Sim.
15. A água é formada dos mesmos elementos que a nossa?
R: Mais etérea.
16. Há vulcões?
R: Não. Nosso globo não é atormentado como o vosso: lá a Natureza não teve suas grandes crises. É a morada dos bem-aventurados. Nele, a matéria quase não existe.
17. As plantas têm analogia com as nossas?
R: Sim; mas são mais belas.
ESTADO FÍSICO DOS HABITANTES
18. A conformação do corpo dos seus habitantes tem relação com a nossa?
R: Sim: ela é a mesma.
19. Podes dar-nos uma idéia de sua estatura, comparada com a dos habitantes da Terra?
R: Grandes e bem proporcionados. Maiores que os vossos maiores homens. O corpo do homem é como a impressão de seu espírito: belo, onde ele é bom. O invólucro é digno dele: não é mais uma prisão.
20. Lá os corpos são opacos, diáfanos ou translúcidos?
R: Há uns e outros. Uns têm tal propriedade; outros têm outra, conforme o seu destino.
21. Compreendemos isto em relação aos corpos inertes. Mas nossa pergunta refere-se aos corpos humanos.
R: O corpo envolve o Espírito sem o ocultar, como um tênue véu lançado sobre uma estátua. Nos mundos inferiores o envoltório grosseiro oculta o Espírito aos seus semelhantes. Mas os bons nada mais têm para se ocultarem: podem ler reciprocamente em seus corações. Que aconteceria se assim fosse aqui?
22. Lá existe diferença de sexo?
R: Sim: há por toda parte onde existe a matéria; é uma lei da matéria.
23. Qual a base da alimentação dos habitantes? É animal e vegetal como aqui?
R: Puramente vegetal. O homem é o protetor dos animais.
24. Disseram-nos que parte de sua alimentação é extraída do meio ambiente, cujas emanações eles aspiram. É verdade?
R: Sim.
25. Comparada com a nossa, a duração da vida é mais longa ou mais curta?
R: Mais longa.
26. Qual é a duração média da vida?
R: Como medir o tempo?
27. Não podes tomar um dos nossos séculos como termo de comparação?
R: Creio que mais ou menos cinco séculos.
28. O desenvolvimento da infância é proporcionalmente mais rápido que o nosso?
R: O homem conserva sua superioridade: a infância não comprime a inteligência nem a velhice a extingue.
29. Os homens são sujeitos a doenças?
R: Não estão sujeitos aos vossos males.
30. A vida está dividida entre o sono e a vigília?
R: Entre a ação e o repouso.
31. Poderias dar-nos uma idéia das várias ocupações dos homens?
R: Teria que falar muito. As suas principais ocupações são o encorajamento dos Espíritos que habitam os mundos inferiores, a fim de que perseverem no bom caminho. Não havendo entre eles infortúnios a serem aliviados, vão procurá-los onde esses existem: são os bons Espíritos que vos amparam e vos atraem para o bom caminho.
32. Lá são cultivadas algumas artes?
R: Lá elas são inúteis. As vossas artes são brinquedos que distraem as vossas dores.
33. A densidade especifica do corpo humano permite ao homem transportar-se de um a outro ponto, sem ficar, como aqui, preso ao solo?
R: Sim.
34. Existem lá o tédio e o desgosto da vida?
R: Não: o desgosto da vida origina-se no desprezo de si mesmo.
35. Sendo os corpos dos habitantes de Júpiter menos densos que os nossos, são formados de matéria compacta e condensada ou vaporosa?
R: Compacta para nós; mas não o seria para vós: ela é menos condensada.
36. O corpo, considerado como feito de matéria, é impenetrável?
R: Sim.
37. Os habitantes têm, como nós, uma linguagem articulada?
R: Não; há entre eles a comunicação pelo pensamento.
38. A segunda vista é, como nos informaram, uma faculdade normal e permanece entre vós?
R: Sim. O Espírito não conhece entraves: nada lhe é oculto.
39. Se nada é oculto ao Espírito, conhece ele o futuro? Referimo-nos aos Espíritos encarnados em Júpiter.
R: O conhecimento do futuro depende do grau de perfeição do Espírito: isto tem menos inconvenientes para nós do que para vós; é-nos mesmo necessário, até certo ponto, para a realização das missões de que nos incumbem. Mas dizer que conheçamos o futuro sem restrições seria nivelar-nos a Deus.
40. Podereis revelar-nos tudo quanto sabeis sobre o futuro?
R: Não. Esperai até que tenhais merecido sabê-lo.
41. Comunicai-vos mais facilmente que nós com os outros Espíritos?
R: Sim; sempre. Não existe mais a matéria entre eles e nós.
42. A morte inspira o mesmo horror e pavor que entre nós?
R: Porque seria ela apavorante? Entre nós já não existe o mal. Só o mau se apavora ante o seu último instante: teme o seu juiz.
43. Em que se transformam os habitantes de Júpiter depois da morte?
R: Crescem sempre em perfeição, sem passar por mais provas.
44. Não haverá em Júpiter Espíritos que se submetam a provas a fim de cumprir uma missão?
R: Sim; mas não é uma prova: só o amor do bem os leva ao sofrimento.
45. Podem eles falhar em sua missão?
R: Não, porque são bons. Só existe fraqueza onde haja defeitos.
46. Poderias nomear alguns dos Espíritos habitantes de Júpiter que tivessem desempenhado uma grande missão na Terra?
R: São Luís.
47. Não poderias nomear outros?
R: Que vos importa? Há missões desconhecidas, cujo objetivo e a felicidade de um só. Por vezes são as maiores; e as mais dolorosas.
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