UMBRAL

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O UMBRAL – CAPÍTULO XIV – Página 97

 

Livro:

- Vivendo no Mundo dos Espíritos – Pelo Espírito Patrícia – Vera Lúcia Marinzeck

 

“Parece ser ali a morada de todas as misérias imagináveis. Espíritos que se transformam em farrapos humanos, cultivando entre si a promiscuidade, o medo, a miséria e a exploração dos mais sagazes e violentos.

A natureza parece estar sempre emburrada e revoltada, pois o dia nunca amanhece totalmente e a penumbra é uma constante. Às vezes, violentas tempestades assolam estas regiões num esforço supremo de aliviar, limpar acúmulos de miasmas e trevas criados pelo homem profundamente egoísta.

O Umbral não é um lugar agradável. Se a maioria dos encarnados tivesse uma ideia do que é viver nele por determinado tempo, aproveitaria mais o período encarnado para aprender, viver no Bem e se modificar interiormente, fazendo-se merecedor ao desencarnar de moradas melhores.

A vegetação no Umbral é sempre pouca e não tem muitas espécies. A maioria das árvores são retorcidas, com troncos grossos e não são muito altas. Em alguns lugares, há vegetação rasteira que lembra ervas e capins da Terra.

Os animais, as aves, que também são de poucas espécies, desprovidos de beleza, mas úteis.

(...)- Diversas formas de habitantes do Umbral que podem ser divididos em: os chefes, que são espíritos inteligentes, normalmente estudiosos em magias, ávidos por domínio, odeiam quase sempre o Bem e os bons. São na maioria, feiticeiros mentais. Normalmente os grandes chefes tem aparências comuns de humanos. Formas extravagantes quem usa são os subchefes e os subordinados.

Há os que trabalham com os chefes, membros do grupo, do bando. Muitos entre eles são também estudiosos, feiticeiros conhecedores das leis naturais. Obedecem às leis do grupo. Embora considerados livres, não são, pois não abandonam facilmente o bando. Recebem castigos por desobediência. Dizem gostar do que são e de como vivem.

Encontram-se também no Umbral espíritos solitários, mas são poucos. A maioria deles vive agrupado.

Há os que vagam em grupos de arruaceiros entre o Umbral e a Terra.

Há os escravos, os que não servem para pertencer ao bando, trabalham servindo-o, não recebem nada em troca, só castigos se não obedecerem.

Tem também os que são torturados, estes na maioria são tratados assim por vingança.

Agrupam-se em cidades ou pequenas vilas ou núcleos.

O Umbral das Américas é mais ameno se comparado com o da Europa e da Ásia. O Umbral do velho mundo é mais fechado, há abismos enormes e horripilantes.

- Eles não temem ser expulsos da Terra, quando esta passar de expiação a planeta de regeneração? - indagou Ivo. Ou não sabem disto?

- Sabem, mas sempre pensam que há tempo, que este fato demorará para acontecer. Outros não se importam, o poder sobe à cabeça. Sabemos que nós, grande parte dos terráqueos, fomos expulsos de um outro planeta que passou de provação a regeneração, e aqui reiniciamos. Também na Terra haverá uma seleção e nela ficarão só os bons e os que pretendem com boa vontade e sinceridade ser bons.

(…)

Núcleos de drogados são quase sempre pequenas cidades. Em certas localidades são cidades grandes, fechadas e movimentadas, fazem grandes festas.

(…)

No Umbral, o odor é ruim, cheira sujeira, lama podre e mofo. O ar é pesado e sufocante.

(…)

Cada um de nós levava uma mochila que continha uma lanterna, uma rede de proteção pequena, um mini lança raios, lençóis para envolver socorridos. Porque estes infelizes estão normalmente em farrapos ou algumas vezes nus.

(…)

Vimos alguns guardas da cidade do Umbral a vigiar espíritos presos em buracos, lama, etc. Eles não gostam que sejam soltos, mas quase sempre se afastam com a presença dos bons. (…) Mas alguns grupos atacavam jogando em nós imundície, lamas fétidas, pedras etc. Abríamos as redes e tentávamos conversar com eles. Se não paravam com o ataque, respondíamos com os nossos lança raios e eles saíam a correr.

(…)

Alguns de nós atiraram com os lança raios. Os projéteis clarearam o local. Resistiram por minutos, esconderam-se atrás das pedras. Mas muitos foram atingidos, caíram, ficando paralisados por horas. Quem é atingido tem a sensação que está morrendo de novo. Foram retirando-se aos poucos, pararam de rir, blasfemavam.”

 

Comentários: Independente de qual autor espiritual descreva o Umbral, a impressão do lugar é sempre a mesma, para quem lê a descrição: triste, deprimente, suja, escorregadia, malcheirosa, feia, é um lugar digno de compaixão. Quando essas tarefas de socorro ocorrem no Umbral, a vontade é de socorrermos a todos, mas nem todos estão preparados para serem auxiliados nem ainda merecem sê-lo. Por exemplo, André Luiz foi claro na obra “Nosso Lar”, dizendo que passou 08 anos no Umbral antes que merecesse ser socorrido. E assim há casos de espíritos desencarnados que ficam ali muito mais que André Luiz ficou, pode até chegar a séculos, dependendo do caso. Ninguém te manda para o Umbral quando você desencarna. É sua própria energia e pensamentos que te direcionam para lá: lei de afinidade e sintonia. Trabalhar em tarefas socorristas no Umbral exige estudo apurado, treinamento e muito equilíbrio da equipe, mas como já disse anteriormente, a equipe tem sim, armas de defesa e ataque se for necessário, como a própria Patrícia descreveu acima e está registrado em dezenas de obras espíritas. Quando nosso corpo físico repousa na hora do sono, dependendo dos nossos defeitos morais e vícios, nosso perispírito é atraído para zonas umbralinas automaticamente e lá podemos participar de orgias sexuais, nos drogar se formos viciados, ajudar a dar golpes, praticar o mal, se for da nossa natureza etc. Em geral quando estamos obsediados, os nossos inimigos desencarnados nos levam para o Umbral quando dormimos e nos perseguem, maltratam, ofendem e ameaçam, daí os pesadelos que muitos de nós temos diariamente. Aliás, pesadelos constantes são sinal de que estamos sendo influenciados negativamente por espíritos infelizes e devemos sem demora, procurar auxílio numa casa espírita, orar mais e vigiar mais nossos pensamentos.

 

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